sexta-feira, 17 de maio de 2013

Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos


Síndrome de burnout ou estafa profissional
e os transtornos psiquiátricos
(resenha)

Telma Ramos Trigo


O objetivo do artigo em questão é o de realizar uma revisão bibliográfica a respeito da síndrome de burnout no Brasil e em outros países, considerando possíveis fatores de risco para seu desenvolvimento, associação com outros transtornos psiquiátricos e consequências para o indivíduo e organização em que trabalha.
Foi feita uma busca no período de 1985 a 2006 cruzando-se o termo "burnout" e o outros selecionando artigos na língua portuguesa, espanhola, alemão e inglesa.
Assim como indicar a prevalência que, ainda é incerta e, que varia, de 4% a 85,7% conforme a população estudada. Podendo apresentar comorbidade com alguns transtornos psiquiátricos como depressão.
Os efeitos podem prejudicar o trabalhador em níveis individual, profissional e organizacional.
O burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.
Entre os fatores de risco para aumento dos custos médicos e valores desses custos estão: em primeiro lugar a depressão; em segundo lugar o estresse elevado associado à incapacidade por parte do indivíduo em lidar com esse estado (46%) e; em terceiro, os primeiros associados (147%).
Os autores constataram que indivíduos que trabalham em condições de muitas demandas psicológicas associadas a baixo poder de decisão tem maior prevalência de depressão quando comparados a trabalhadores não expostos a essa condição. (Mausner-Dorsch e Eaton, 2001)
O ambiente de trabalho quando negativo está associado ao burnout/depressão. Há indicações que situações estressantes de origem familiar e laboral são fatores de risco para o desenvolvimento de desordens relacionados ao estresse.
O burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com a saúde, educação e serviços humanos (Golembiewski, 1999; Maslach. 1998; Murofuse et al. 2005)
        Ainda, os autores, consideram que as pressões na saúde mental mundial estão  se intensificando. De acordo com as Nações Unidas, o mundo será mais velho, mais populoso e mais pobre aproximadamente em 2050. Como as condições  ao seu redor criam tensão (estresse) e ansiedade, mais pessoas serão suscetíveis a transtornos mentais.
        Segundo a OMS, “nossa saúde mental tem um impacto opressivo em nossas habilidades para funcionar e participar na sociedade. Temos de começar a  colocar mais de nossos recursos a favor da saúde mental”.