segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Síndrome de burnout ou estafa profissional







O burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.

Os efeitos podem prejudicar o trabalhador em níveis individual, profissional e organizacional.

Burnout (do ingles to burn - queima), Sindrome de Burnout é a depressão precedida por um completo esgotamento físico, também denominada esgotamento profissional ou ocupacional,  assim definida pelo pasicanalista alemão Freudenberg nos anos 1970.

Entre os fatores de risco para a saúde do indivíduo estão: em primeiro lugar a depressão; em segundo lugar o estresse elevado associado à incapacidade por parte do indivíduo em lidar com esse estado (46%) e; em terceiro, os primeiros associados (147%), segundo dados da OMS (Organização Mundial de saúde)

Os autores constataram que indivíduos que trabalham em condições de muitas demandas psicológicas associadas a baixo poder de decisão tem maior prevalência de depressão quando comparados a trabalhadores não expostos a essa condição. (Mausner-Dorsch e Eaton, 2001)

O ambiente de trabalho quando negativo está associado ao burnout/depressão. Há indicações que situações estressantes de origem familiar e laboral são fatores de risco para o desenvolvimento de desordens relacionados ao estresse.
O burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com a saúde, educação e serviços humanos (Golembiewski, 1999; Maslach. 1998; Murofuse et al. 2005)

Ainda, os autores, consideram que as pressões na saúde mental mundial estão  se intensificando. De acordo com as Nações Unidas, o mundo será mais velho, mais populoso e mais pobre aproximadamente em 2050. Como as condições  ao seu redor criam tensão (estresse) e ansiedade, mais pessoas serão suscetíveis a transtornos mentais.

Segundo a OMS, “nossa saúde mental tem um impacto opressivo em nossas habilidades para funcionar e participar na sociedade. Temos de começar a  colocar mais de nossos recursos a favor da saúde mental”.

A prevenção ao estresse ocupacional vem sendo implantada, somente recentemente pelas empresas “devido à dificuldade de caracterização da interrelação entre os distúrbios psíquicos dos trabalhadores e as situações de trabalho” (GLINA, ROCHA, 2006).  Um programa de prevenção ao estresse pode gerar maior dinamismo, flexibilidade e inovação nas organizações, fazendo uso das potencialidades dos trabalhadores por meio da possibilidade de participação.

As empresas têm investido em programas “trabalho – vida pessoal”, ainda sem avaliação científica, apenas empírica, e  os resultados não têm sido consistentes.

Além disso, a falta de desenvolvimento de políticas relacionadas com os riscos e o estresse psicossocial do trabalho, faz com que seja difícil para que as empresas de qualquer tamanho implementem estratégias de controle eficazes para lidar com essas questões. (ILO, 2012)


(Graciela Comparin)