O que é estresse?
O estresse
é um conceito de difícil compreensão. Às vezes é usado para descrever ameaças ou desafios ...
"Karen estava sob muito estresse porque perdeu o trem."
Outras vezes para descrever nossas respostas
"Quando viu a cobra, Karl vivenciou estresse agudo."
A maioria dos psicólogos definiria o trem perdido de Karen como um "estressor", as respostas física e emocional de Karl como uma "reação de estresse", e o processo pelo qual Karen e Karl se relacionaram com seus ambientes como estresse.
"Karen estava sob muito estresse porque perdeu o trem."
Outras vezes para descrever nossas respostas
"Quando viu a cobra, Karl vivenciou estresse agudo."
A maioria dos psicólogos definiria o trem perdido de Karen como um "estressor", as respostas física e emocional de Karl como uma "reação de estresse", e o processo pelo qual Karen e Karl se relacionaram com seus ambientes como estresse.
Assim,
estresse não é apenas um estímulo ou uma resposta, é o processo pelo qual
avaliamos e lidamos com ameaças e desafios ambientais, a forma como os eventos de nossas vidas passam por um filtro psicológico. O estresse surge menos dos próprios eventos do que da
maneira como os aquilatamos.
Uma
pessoa considera um novo emprego um desafio bem vindo; outra o avalia como
fadado ao fracasso.
Embora
o interesse médico pelo estresse exista desde
Hipócrates (460-377 a.C.), só nos anos 1920
foi que Walter Cannon (1929) confirmou que a resposta de estresse é parte de um
sistema unificado de mente-corpo. Cannon observou que frio extremo, falta de oxigênio e incidentes de excitação de emoção
desencadeavam um derramamento de epinefrina (adrenalina) e noraepinefrina (noradrenalina).
Esses hormônios de estresse entram na corrente sangüínea pelas terminações do nervo
simpático na parte interior das glândulas supra-renais. Essa é apenas uma parte
da resposta do sistema nervoso simpático. Alertado por qualquer uma de várias
vias cerebrais, o sistema nervoso simpático acelera o ritmo cardíaco e a respiração,
desvia sangue da digestão para os músculos esqueléticos, entorpece a dor e libera
açúcar e gordura dos depósitos do corpo - tudo para preparar o organismo para o
que Cannon denominava luta ou fuga.
No
todo, essa resposta de Estresse soou a Cannon como maravilhosamente adaptativa.
Os 40
anos de pesquisa sobre estresse do cientista canadense Hans Selye (1936, 1976) propagaram
as descobertas de Cannon e ajudaram a tornar o estresse um conceito importante
tanto em psicologia quanto na medicina. Selye estudou as reações de animais a
vários outros estressores, como choque elétrico, trauma cirúrgico e restrição
de movimento. Descobriu que a resposta adaptativa do corpo ao estresse é tão
geral - como um único alarme contra ladrão que dispara, não importa quem invada
- que a denominou síndrome geral de adaptação (GAS – general
adaptation syndrome). Selye via a síndrome
geral de adaptação composta por três fases. Vamos dizer que você sofra um trauma
físico ou emocional. Na Fase 1, você vivencia uma reação de alarme devida
à súbita ativação do seu sistema nervoso simpático. Seu ritmo cardíaco se acelera
rapidamente. O sangue é desviado para os músculos esqueléticos. Você sente a
debilidade do choque. Com seus recursos mobilizados, você agora está pronto para
lutar com o desafio durante a Fase 2, a resistência. A temperatura, a
pressão arterial e a respiração continuam altas, e há um súbito derrame de
hormônios, Se persistente, o estresse pode ao final esgotar as reservas de seu
corpo durante a Fase 3, a exaustão. Com a exaustão, você fica mais vulnerável
a doenças ou mesmo, em casos extremos, a um colapso e à morte. Pesquisas mais
recentes revelam diferenças sutis nas reações do corpo a estressores diferentes.
Contudo, poucos especialistas médicos hoje discordam do ponto básico de Selye: embora
o corpo humano venha projetado para lidar com o estresse temporário, o estresse prolongado pode provocar
deterioração física. Vários estudos recentes fizeram imagens cerebrais de ressonância
magnética de pessoas que experimentaram uma grande quantidade de hormônios de
estresse, por terem passado por maus-tratos na infância, por combates ou por uma
doença endócrina (Sapolsky, 1999). A maioria sofre redução do hipocampo, a
estrutura mais interna do cérebro, vital para o estabelecimento de memórias
explícitas (declarativas). Em animais, também, vários estresses - ser subordinado
a um grupo, ser fisicamente limitado, ser isolado - podem fazer o tecido do hipocampo
encolher (McEwen, 1998). Essas descobertas servem como incentivos extras para os
psicólogos da saúde contemporâneos, que se juntaram aos médicos para criar o campo
interdisciplinar da medicina comportamental. Os psicólogos da saúde estão ativamente
investigando questões como: O que causa o estresse? Quais são os efeitos do
estresse? E como podemos aliviar tais efeitos?
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