Síndrome de burnout ou estafa
profissional
e os transtornos psiquiátricos
(resenha)
Telma
Ramos Trigo
O objetivo do artigo em
questão é o de realizar uma revisão bibliográfica a respeito da síndrome de
burnout no Brasil e em outros países, considerando possíveis fatores de risco
para seu desenvolvimento, associação com outros transtornos psiquiátricos e
consequências para o indivíduo e organização em que trabalha.
Foi feita uma busca no
período de 1985 a 2006 cruzando-se o termo "burnout" e o outros
selecionando artigos na língua portuguesa, espanhola, alemão e inglesa.
Assim como indicar a
prevalência que, ainda é incerta e, que varia, de 4% a 85,7% conforme a
população estudada. Podendo apresentar comorbidade com alguns transtornos
psiquiátricos como depressão.
Os efeitos podem prejudicar
o trabalhador em níveis individual, profissional e organizacional.
O burnout é um processo iniciado
com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.
Entre os fatores de risco
para aumento dos custos médicos e valores desses custos estão: em primeiro
lugar a depressão; em segundo lugar o estresse elevado associado à incapacidade
por parte do indivíduo em lidar com esse estado (46%) e; em terceiro, os
primeiros associados (147%).
Os autores constataram que indivíduos que trabalham em
condições de muitas demandas psicológicas associadas a baixo poder de decisão
tem maior prevalência de depressão quando comparados a trabalhadores não
expostos a essa condição. (Mausner-Dorsch e Eaton, 2001)
O ambiente de trabalho quando negativo está associado ao
burnout/depressão. Há indicações que situações estressantes de origem familiar
e laboral são fatores de risco para o desenvolvimento de desordens relacionados
ao estresse.
O burnout foi reconhecido
como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com a saúde,
educação e serviços humanos (Golembiewski, 1999; Maslach. 1998; Murofuse et al.
2005)
Ainda, os autores, consideram que as
pressões na saúde mental mundial estão se
intensificando. De acordo com as Nações Unidas, o mundo será mais velho, mais
populoso e mais pobre aproximadamente em 2050. Como as condições ao seu redor criam tensão (estresse) e
ansiedade, mais pessoas serão suscetíveis a transtornos mentais.
Segundo a OMS, “nossa saúde mental tem
um impacto opressivo em nossas habilidades para funcionar e participar na
sociedade. Temos de começar a colocar mais
de nossos recursos a favor da saúde mental”.