“O tratamento farmacológico, apesar de
prioritário, algumas vezes não é suficiente para uma recuperação completa
(sintomática e funcional) do paciente. As abordagens psicossociais têm
demonstrado cada vez mais sua eficácia na melhora destes fatores e na obtenção
de uma melhor qualidade de vida ao longo do tratamento.” (Bio et. als., 2011)
O objetivo final do cuidado da pessoa deve
ser sua reintegração à sociedade, por meio de uma vida produtiva, juntamente ao
tratamento dos sintomas da doença. Há
de se verificar as suas estratégias de enfrentamento do problemas.
Muitas pessoas, diante de eventos traumáticos
e estressantes, procuram o apoio profissional, enquanto outras enfatizam o
problema ou a vitimização. A esta variedade individual de processamento da
memória com relação ao fator estressor dá-se o nome de resiliência. As formas de
enfrentamento de cada indivíduo se diferem individualmente, assim como o conjunto das estratégias utilizadas para
adaptação às circunstâncias adversas.
A psicoterapia associada ao tratamento farmacológico tem
se mostrado um importante recurso de enfretamento da doença e tende a
favorecer a remissão dos sintomas e a prevenção de recaídas, tendo como
objetivo a redução do sofrimento causado pelos episódios depressivos.
Na prática clínica, percebe-se que a experiência mais
problemática para os clientes é a sensação de estarem sendo dominados pela
emoção e não saberem lidar com este sentimento. Muitas vezes adotam
comportamentos problemáticos como: abuso de álcool e drogas, ruminações,
autorecriminações, compulsação alimentar, responsabilização de outras pessoas,
ou seja, estratégias autodestrutivas.
Desenvolver habilidades de regulação emocional pode
ajudar estas pessoas a aprender novas formas de pensamentos e comportamentos,
por conseguinte novas reações, mais adequadas frente ao sofrimento.
(Graciela Comparin)
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