Mecanismos
de Defesa
Estratégias que o ego utiliza para se
defender da ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana. Os
mecanismos de defesa envolvem negações ou distorções da realidade.
Freud
postulou vários mecanismos de defesa e observou que raramente utilizamos apenas
um, nos defendemos contra a ansiedade
utilizando vários deles ao mesmo tempo, ocorrendo, assim, uma sobreposição entre eles.
Os principais mecanismo de
defesa são:
Repressão – “processo
de barrar ideias inaceitáveis, memórias oude desejos do consciente, deixando-os
operar livremente no inconsciente.”
Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da
experiência prévia e desagradável (FREUD, A., 2006). “Consiste
em desfazer um pensamento, fantasia, ou ato que é inaceitável, mediante o
recurso de contrapor, num segundo momento imediato, um pensamento ou um ato opostos ao primeiro de sorte a
anulá-los”.
Compensação – mecanismo
onde o indivíduo compensa uma deficiência por uma imagem positiva que tem de si
próprio, ou seja, procura encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando
uma característica que considera mais
desejável.
Deslocamento
- redirecionamento
de um impulso para um alvo substituto. (FREUD, A., 2006).
É o mecanismo psicológico de
defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra
diferente e socialmente mais aceita.
Enquanto o deslocamento envolve descobrir um
objeto substituo para satisfazer impulsos do id, a sublimação envolve a transformação destes. A energia instintiva é
desviada para outros canais de expressão, que a sociedade considera aceitáveis
e admiráveis.
Formação Reativa – mecanismos
pelo qual o ego mobiliza uma estrutura oposta ao surgimento das pulsões
libidinais reprimidas no inconsciente. Pode-se dizer que a formação reativa
“consiste num contra-investimento de energia psíquica de força igual e de
direção oposta ao investimento inaceitável, que está agindo desde o
inconsciente.”
Introjeção -
estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade
emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas
características de outras pessoas. S.
Ferenczi foi quem introduziu o termo “introjeção”, em direção contrária, à da
projeção, a partir de seu trabalho “Introjeção e transferência” (1909), com as
seguinte palavras:
“Enquanto o
paranoico expulsa do seu ego as tendências que se tornaram desagradáveis, o
neurótico procura a solução fazendo entrar no seu ego a maior parte possível do
mundo exterior, fazendo dele objeto de fantasia inconscientes, podemos pois dar
processo, em contraste a projeção, o nome de introjeção”. (ZIMERMAN, 2001)
Negação -
recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só
a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a
capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas. Um mecanismo de defesa
que envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático.
Racionalização -
substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma
explicação razoável e segura . Processo pelo qual a
pessoa utiliza uma explicação lógica e aceitável para ação ou ideia que causa
angústia, normalmente para atos não recomendáveis.
Regressão -
retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que
surgem em estágios posteriores do desenvolvimento . A pessoa regride a um período anterior da sua vida que foi mais
agradável, livre de frustração e ansiedade,
exibe, então, comportamentos
infantis e dependentes.
Repressão – “retirada
de ideias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para
o inconsciente” .
A
repressão consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à
distância (no inconsciente). A repressão afasta da consciência um evento,
ideia, ou percepção que provoquem ansiedade, impedindo o surgimento daquilo que
não se quer lembrar. Apesar de reprimido e inconsciente tais conteúdos
continuam a causar problemas.
Projeção -
sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas (FREUD,
A., 2006). “[...] um modo de defesa primário, pelo qal o sujeito projeta num
outro sujeito ou objeto desejos que provém dele, mas cuja oorigem ele
desconhece, atribuindo-os a uma alteridade que lhe é extrema.”
Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é
direcionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (p.ex.
artísticas ou científicas).
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