O
burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse
no trabalho.
Os
efeitos podem prejudicar o trabalhador em níveis individual, profissional e
organizacional.
Burnout (do ingles to burn - queima), Sindrome de Burnout é a depressão precedida por um completo esgotamento físico, também denominada esgotamento profissional ou ocupacional, assim definida pelo pasicanalista alemão Freudenberg nos anos 1970.
Entre
os fatores de risco para a saúde do indivíduo estão: em primeiro lugar a
depressão; em segundo lugar o estresse elevado associado à incapacidade por
parte do indivíduo em lidar com esse estado (46%) e; em terceiro, os primeiros
associados (147%), segundo dados da OMS (Organização Mundial de saúde)
Os autores constataram que indivíduos que trabalham em condições de muitas demandas psicológicas associadas a baixo poder de decisão tem maior prevalência de depressão quando comparados a trabalhadores não expostos a essa condição. (Mausner-Dorsch e Eaton, 2001)
O ambiente
de trabalho quando negativo está associado ao burnout/depressão. Há indicações
que situações estressantes de origem familiar e laboral são fatores de risco
para o desenvolvimento de desordens relacionados ao estresse.
O
burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem
cuidados com a saúde, educação e serviços humanos (Golembiewski, 1999; Maslach.
1998; Murofuse et al. 2005)
Ainda, os autores, consideram que as pressões na saúde mental mundial estão se intensificando. De acordo com as Nações Unidas, o mundo será mais velho, mais populoso e mais pobre aproximadamente em 2050. Como as condições ao seu redor criam tensão (estresse) e ansiedade, mais pessoas serão suscetíveis a transtornos mentais.
Segundo a OMS, “nossa saúde mental tem
um impacto opressivo em nossas habilidades para funcionar e participar na
sociedade. Temos de começar a colocar
mais de nossos recursos a favor da saúde mental”.
A
prevenção ao estresse ocupacional vem sendo implantada, somente recentemente
pelas empresas “devido à dificuldade de caracterização da interrelação entre os
distúrbios psíquicos dos trabalhadores e as situações de trabalho” (GLINA,
ROCHA, 2006). Um programa de prevenção
ao estresse pode gerar maior dinamismo, flexibilidade e inovação nas
organizações, fazendo uso das potencialidades dos trabalhadores por meio da
possibilidade de participação.
As
empresas têm investido em programas “trabalho – vida pessoal”, ainda sem
avaliação científica, apenas empírica, e
os resultados não têm sido consistentes.
Além
disso, a falta de desenvolvimento de políticas relacionadas com os riscos e o
estresse psicossocial do trabalho, faz com que seja difícil para que as
empresas de qualquer tamanho implementem estratégias de controle eficazes para
lidar com essas questões. (ILO, 2012)
(Graciela Comparin)