domingo, 24 de março de 2013

A SUTILEZA DAS CONVULSÕES PARCIAIS



A sutileza das convulsões  parciais


Um veterano de guerra sujeito a automatismos leu no jornal a respeito de um homem que abraçou uma mulher em um parque, seguiu-a até o banheiro feminino, e depois tomou um ônibus. A partir da descrição fornecida, ele se deu conta que o homem era ele.
Em uma certa manhã, um médico saiu de casa para atender uma emergência do hospital e voltou algumas horas depois, bastante confuso, sentindo como se tivesse tido um pesadelo. No hospital, ele realizou uma operação difícil ... com sua competência usual, mas depois fez e disse coisas que julgava inapropriadas.
Um jovem professor de música, enquanto assistia a um concerto, caminhou pela coxia até o palco, caminhou ao redor do piano, pulou no chão, deu um salto e saiu correndo pelo corredor, recuperando a consciência no caminho para casa.  Muitas vezes ele se flagrou em um ônibus longe de seu destino.
Um homem, tendo um ataque, foi até o seu patrão e disse "eu quero ganhar mais ou me demito". Mais tarde, para sua surpresa, verificou que o seu salário havia subido.
 Embora os pacientes pareçam estar conscientes durante seus ataques parciais complexos, eles, em geral, têm pouca ou nenhuma lembrança. Aproximadamente, metade de todos os casos de epilepsia são da variedade parcial complexa – os lobos temporais são particularmente suscetíveis a descargas epilépticas. Uma convulsão parcial não envolve o cérebro todo. Por razões desconhecidas, os neurônios epilépticos em um foco começam a disparar em conjunto, e são esses surtos sincronizados dos neurônios que produzem os picos epilépticos no EEG. A atividade sincronizada pode ficar restrita ao foco até que o ataque termine, ou espalhar-se para outras áreas do cérebro - porém, no caso de convulsões parciais, ela não se espalha para todo  o cérebro. Os sintomas comportamentais específicos de uma convulsão epiléptica parcial dependem de onde as descargas perturbadoras começam e para que estruturas se espalhem. Como as convulsões parciais não envolvem todo o cérebro, elas normalmente não são acompanhadas por perda total de consciência ou de equilíbrio.


Fonte:
Biopsicologia – John P. J. Pinel
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