sábado, 8 de fevereiro de 2014

MECANISMOS DE DEFESA

  Mecanismos de Defesa

        
Estratégias que o ego utiliza para se defender da ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana. Os mecanismos de defesa envolvem negações ou distorções da realidade.
Freud postulou vários mecanismos de defesa e observou que raramente utilizamos apenas um,  nos defendemos contra a ansiedade utilizando vários deles ao mesmo tempo, ocorrendo, assim, uma   sobreposição entre eles.

Os principais mecanismo de defesa são:

Repressão – “processo de barrar ideias inaceitáveis, memórias oude desejos do consciente, deixando-os operar livremente  no inconsciente.”

Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável (FREUD, A., 2006). “Consiste em desfazer um pensamento, fantasia, ou ato que é inaceitável, mediante o recurso de contrapor, num segundo momento imediato, um pensamento  ou um ato opostos ao primeiro de sorte a anulá-los”. 

Compensação – mecanismo onde o indivíduo compensa uma deficiência por uma imagem positiva que tem de si próprio, ou seja, procura encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando uma característica que  considera mais desejável.

Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto. (FREUD, A., 2006).
 É o mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente mais aceita.

Enquanto o deslocamento envolve descobrir um objeto substituo para satisfazer impulsos do id, a sublimação envolve a transformação destes. A energia instintiva é desviada para outros canais de expressão, que a sociedade considera aceitáveis e admiráveis.

Formação Reativa mecanismos pelo qual o ego mobiliza uma estrutura oposta ao surgimento das pulsões libidinais reprimidas no inconsciente. Pode-se dizer que a formação reativa “consiste num contra-investimento de energia psíquica de força igual e de direção oposta ao investimento inaceitável, que está agindo desde o inconsciente.”  
                     
 Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas características de outras pessoas. S. Ferenczi foi quem introduziu o termo “introjeção”, em direção contrária, à da projeção, a partir de seu trabalho “Introjeção e transferência” (1909), com as seguinte palavras:

 “Enquanto o paranoico expulsa do seu ego as tendências que se tornaram desagradáveis, o neurótico procura a solução fazendo entrar no seu ego a maior parte possível do mundo exterior, fazendo dele objeto de fantasia inconscientes, podemos pois dar processo, em contraste a projeção, o nome de introjeção”. (ZIMERMAN, 2001)


Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas. Um mecanismo de  defesa que envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático. 

 Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura . Processo pelo qual a pessoa utiliza uma explicação lógica e aceitável para ação ou ideia que causa angústia, normalmente para atos não recomendáveis. 

 Regressão - retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento . A pessoa regride a um período anterior da sua vida que foi mais agradável, livre de frustração e ansiedade,  exibe, então,  comportamentos infantis e dependentes.

Repressão – “retirada de ideias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente” .

A repressão consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância (no inconsciente). A repressão afasta da consciência um evento, ideia, ou percepção que provoquem ansiedade, impedindo o surgimento daquilo que não se quer lembrar. Apesar de reprimido e inconsciente tais conteúdos continuam a causar problemas. 

 Projeção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas (FREUD, A., 2006). “[...] um modo de defesa primário, pelo qal o sujeito projeta num outro sujeito ou objeto desejos que provém dele, mas cuja oorigem ele desconhece, atribuindo-os a uma alteridade que lhe é extrema.” 

Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direcionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (p.ex. artísticas ou científicas).




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