Denominação
criada por E. Zetzel, psicanalista norte americana. Em um trabalho de 1956,
concebeu um aspecto importante em relação ao vínculo transferencial, ou seja, o
paciente mantém-se, consciente ou incosncientemente, aliado à tarefa do
psicanalista(ZIMERMAN, 2009).
O
uso da expressão “aliança terapêutica” para caracterizar a relação positiva e
necessária entre paciente e terapeuta no processo analítico, formação de
compromisso, uma verdadeira aliança [...] ela pode ser compreendida como uma
união de forças em direção busca da cura (EIZIRIK, 2005).
Sterba
(1932) explica a aliança terapêutica sobre a base de uma dissociação do ego na qual se destacam duas partes, a que colabora
com o analista e a que se opõe a ele; a primeira está voltada à realidade e a
segunda compreende os impulsos do id, as defesas do ego e as ordens do
superego. A dissociação terapêutica do ego deve-se a uma identificação com o
analista, cujo protótipo é processo de formação do superego. Essa identificação
é fruto da experiência da análise, no sentido de que, frente aos conflitos do
paciente, o analista reage com atitude de observação e reflexão [...] para
Strachey (1934) o analista deve assumir o papel de um superego auxiliar [...]
os dois trabalhos apoiam-se na ideia de que o trabalho analítico funda-se na
dissociação instrumental do self.
Naquele tempo a importância da interpretação da (resistência) de transferência
ainda não era bem compreendida (ETCHEGOYEN, 2004)
Angústia de separação
Medo
da perda do objeto, ou, da perda do controle da pessoa amada ou necessitada. Na
situação psicanalítica a perda do olhar materno quando o paciente projeta no
analista essa mãe sem um “olhar reconhecedor”, quando o analista mal olha o
paciente ou olha mas não o vê. Sentimentos mais comuns por parte do paciente
solidão, intolerância aos silêncios do analista, medo da separação e abandono
(ZIMERMAN, 2001).
“Na
prática analítica, a angústia de separação em relação ao analista é frequente,
especialmente em pacientes muito regredidos, sendo importantíssima sua
análise.” (ZIMERMAN, 2001)
O
artigo intitulado “Angústia de separação e angústia de esfacelamento”, de
Gilbert Diatkine (2001), aponta a possibilidade frequente de transformação da
primeira modalidade de angústia, na segunda. Segundo o autor, muitas pessoas em
situação de análise reproduzem as angústias de esfacelamento por ocasião de
separações provisórias vividas em análise ou ao final de uma análise,
impossibilitando a unificação das pulsões e de seus objetos internos, levando a
reações terapêuticas negativas que prolongam a dependência física e psíquica do
paciente em relação ao analista. (LEITÃO, 2002).
A angústia da separação está presente
em M. Klein, Meltzer, Esther Bick e Winnicott. (Santos, 2003). O autor
esclarece ainda que
as angústias de separação estão sempre
inscritas numa teoria da relação de objeto. Como essa teoria muda nos autores,
muda também o enfoque sobre o entendimento da angústia de separação. Assim, na
teoria kleiniana, a angústia de separação presente no processo será
compreendida em termos de angústias paranóides e depressivas; à medida que o
processo avança, predominam as angústias depressivas. Por fim, ETCHEGOYEN,
ainda referindo-se ao papel da angústia de separação no processo, fala sobre a reverie
materna e seus correlatos, a função continente e a função alfa que, dentro
do referencial bioniano, embasam o processo analítico.(SANTOS, 2003, p.21)
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