terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A DOENÇA DE PARKINSON


Doenças Neuropsicológicas

A doença de Parkinson é um transtorno do movimento que ocorre na meia-idade e na idade avançada. Afeta 0,5da população. Ela é cerca de 2,5 vezes mais comum em homens.
Os sintomas iniciais da doença de Parkinson são moderados - talvez o mais do que leve rigidez ou tremor nos dedos - mas inevitavelmente aumentam em gravidade à medida que os anos passam. Os sintomas mais comuns do transtorno completo são tremor pronunciado na inatividade, mas nem tanto nos movimentos voluntários ou no sono, rigidez muscular, dificuldade para iniciar movimentos, lentidão de movimentos e rigidez facial.
Embora os pacientes com doença de Parkinson freqüentemente apresentem alguns déficits cognitivos, a demência não está associada ao transtorno. Em essência, as vítimas da doença de Parkinson são pessoas pensantes aprisionadas em corpos que não conseguem controlar. Assim como a epilepsia, a doença de Parkinson parece não ter uma causa única. Genes defeituosos, infecções cerebrais, AVCs, tumores, ferimentos cerebrais traumáticos e neurotoxinas estão implicados em casos específicos. Entretanto, na maioria dos casos, não há uma causa óbvia e nem histórico familiar da doença. A doença de Parkinson é associada à degeneração da substância negra, o cleo do mesencéfalo, cujos neurônios projetam-se através da via nigrostriatal para o estriado (dos núcleos da base). O neurotransmissor dos neurônios da substância negra é a dopamina. A longoprazo, há falta quase total de dopamina na substância negra e no estriado de pacientes com doença de Parkinson. Os sintomas da doença de Parkinson podem ser aliviados por injeções de L-dopa a substância a partir da qual a dopamina é sintetizada. Contudo, o L-dopa raramente constitui solução permanente, pois normalmente ele se toma cada vez menos eficaz com o uso, até que seus efeitos colaterais superem os benefícios.  A terapia com L-Dopa aliviou-lhe a doença por três anos, mas finalmente tomou-se totalmente ineficaz. Sua prescrição então mudou para outro agonista de dopamina; seu estado melhorou novamente - mas, outra vez, a melhora foi apenas temporária. Diversas mutações genéticas foram ligadas à doença de. Isso levou muitas pessoas a acreditarem que havia cura à vista. Contudo, é importante compreender que cada uma dessas mutações geticas foi descoberta em uma família diferente, cujos membros que sofriam de uma forma rara da doença de Parkinson de início precoce, que costuma ocorrer em famílias, Assim, é improvável que essas mutações estejam relacionadas às formas típicas da doença. Ainda assim, o estudo dos efeitos dessas mutações genéticas pode levar ao melhor entendimento das mudanças fisiológicas subjacentes aos sintomas da doença.


Fonte:
Biopsicologia – John P. J. Pinel





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