quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O SISTEMA líMBICO X SISTEMA IMUNOLÓGICO DE ACORDO COM STRESS AGUDO E CRÔNICO.


O SISTEMA líMBICO X SISTEMA  IMUNOLÓGICO DE ACORDO COM STRESS AGUDO E CRÔNICO.


É no Sistema Límbico que tem início a função psíquica de avaliação da situação, dos fatos e eventos de vida. Essa avaliação depende sempre de vários elementos, tais como, a personalidade prévia, a experiência vivida, as circunstâncias atuais e as normas culturais. Acontecem também a partir do Sistema Iímbico, as diversas interações entre os sistemas nervoso,endócrino e imunológico, promovendo as interações das percepções córticocerebrais com o hipotálamo.
o Estresse, como dissemos, seja ele de natureza física, psicológica ou social é um termo que compreende um conjunto de reações fisiológicas, as quais, quando exageradas em intensidade e duração, acabam por causar desequilibrio no organismo, frequentemente com efeitos danosos.
As primeiras constatações do Estresse emocional foram relatadas em 1943, ao se comprovar um aumento da excreção urinaria dos hormônios da Glândula Suprarrenal em pilotos e instrutores aeronáuticos em voos simulados e, alguns anos antes essas alterações já haviam sido suspeitadas em competidores de natação, momentos antes das provas.
O conceito original de Estresse foi apresentado antes (1936) pelo pesquisador canadense de origem francesa Hans Se!ye a partir de experimentos, onde animais eram submetidos a situações agressivas diversas (estímulos estressores), e cujos organismos respondiam sempre de forma regular e específica.
Selye descreveu toda ocorrência do Estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, a qual comportava três fases sucessivas: alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento, observava o surgimento de algumas doenças, tais como a úlcera péptica, a hipertensão arterial, artrites e lesões míocárdicas.
Existe uma sensibilidade (afetiva) pessoal e particular em cada um de nós, constituindo um conjunto de mecanismos dos quais o organismo lança mão quando reage aos agentes particularmente tidos como estressores, caracterizando a forma como cada pessoa avalia e lida com estas situações. Essa sensibilidade pessoal à realidade explica por que avaliamos desta ou daquela forma as situações tidas como desafiadoras, enfrentando-as ou não, e reagindo a elas de maneiras particulares e pessoais, "permitindo" assim que elas exerçam maior ou menor repercussão sobre o organismo Meyer Friedman e R. H. Rosenman introduziram na literatura médica, em 1.959, o conceito de que existiria um tipo de personalidade que teria maior propensão para a cardiopatia isquêmica e criaram os conceitos de personalidade tipo A e tipo B. 
As pessoas do tipo A, mais propensas a cardiopatias, apresentam uma tendência pessoal à busca de ação e emoções intensas, estando em constante  contato com a insatisfação e a raiva. Suas características incluem um desejo contínuo de ser reconhecido e de progredir, procurando atingir metas não bem definidas ou muito altas, e uma insatisfação com as pequenas realizações. 

Assim, têm uma acentuada impulsão para competir, se envolvendo em múltiplos empreendimentos e não conseguindo concluir a todos (por falta de tempo). Não conseguem relaxar satisfatoriamente, mesmo em épocas de folga, têm movimentos rápidos do corpo, com a musculatura da face, mãos e mandíbula quase sempre contraídos e uma entonação emotiva e explosiva na conversação normal.

O padrão de comportamento cardíaco tipo A descreve aquele indivíduo hiper-reativo a estímulos, cujo coração responde de uma maneira também hiper-reativa. Essa hiper-reatividade cardíaca é conhecida como "reação do coração irritável" e está relacionada a uma menor imunidade e a uma maior vulnerabilidade a várias formas de doença cardíaca.
Já os que têm a personalidade tipo B são menos cardiorreativos, sempre vêem o lado positivo das coisas que os afligem, não tencionam sua musculatura, não têm metas impossíveis e sempre estão satisfeitos com suas realizações. Estando sempre de bom humor, sorriem com facilidade e choram tanto na alegria como na tristeza, numa espécie de "coerência cardíaca". Não um choro depressivo, mas um choro depurante e revigorante que produz lágrimas com composição química diferente do choro por irritação ocular, talvez eliminando substâncias indesejáveis.
Os efeitos do bom humor, do relaxamento e da diversão sobre a saúde física são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ter a mesma importância que uma sessão de ginástica. O bom humor, na realidade, diz respeito a fazer "piadinhas" de tudo, rindo-se das coisas em geral, das brigas, dos pequenos problemas do dia-a-dia e, até mesmo, dos tempos difíceis que passamos, procurando levar a vida de uma forma mais leve.
As pessoas que sabem se divertir e rir são, geralmente, mais saudáveis e mais capazes de sair de situações de estresse com mais facilidade. Essas pessoas têm uma redução nos hormônios envolvidos na fisiologia do estresse, reduzindo as alterações do estresse na homeostase corporal, sendo assim mais fortes imunologicamente e menos propensos a patologias cardíacas.
O Sistema Imunológico é o responsável pela vigilância do organismo contra a proliferação dessas células através de um tipo de linfócito denominado NK (Natural Killer). Muitos estudos já mostram que  a função dos linfócitos T-killer sofre influência da resposta pessoal ao estresse, que, quando negativa, provoca uma supressão da função daquelas células, acarretando o aumento da extensão do tumor maligno e da probabilidade de metástases, principalmente em casos de câncer de mama e melanoma
maligno. 

Essa resposta pessoal está muito presente na personalidade tipo C.
Neste tipo de personalidade, a tendência à raiva junto com o controle e a supressão das emoções, comportamento forçosamente harmonioso e paciência desmedida mas dissimulada, estão sempre presentes. A amabilidade excessiva, porém, às vezes contrariada, o uso excessivo da negação e da repressão (mecanismos de defesa), ou seja, um rígido controle da expressão emocional, são importantes fatores ligados ao desenvolvimento tumoral e a um risco aumentado de metástases em um câncer já tratado, pois estão associados à diminuição da competência do Sistema Imunológico.

Fonte:
http://www.manualmerck.netj?url=/artigos/%3Fid%3D108%26cn%3D952
http://www.informesergipe.com.brjpagina_data.php?sec=10&&rec=9491&&aano=2005&&mmes=8


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