Síndrome
de Down
Trissomia
do 21 ocorre quando há um excesso de material genético no portador da síndrome,
mais
exatamente esse portador apresenta em seu cariótipo um cromossomo 21 a mais.
Sendo assim, várias relações essenciais ao bom desempenho do sistema do
organismo não se fazem de forma apropriada.
Estima-se
que a cada 550 bebês que nascem, 01 tenha a Síndrome de Down.
Causa
A
Síndrome de Down é causada pela alteração de um dos pares de cromossomos, da
célula humana, o de número 21, esse par passa a ter um cromossomo a mais. Logo,
em uma célula de pessoa com Síndrome de Down, existem 47 cromossomos.
A
principal forma de ocorrer a Síndrome de Down é:
A
não segregação do cromossomo homólogo do 21 durante a meios.
O
diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito durante o pré-natal, através do
exame de translucência nucal; mas para ter certeza é preciso fazer a análise
dos cromossomos do feto, que é conseguido pelo exame de amniocentese. Também
pode ser feito pós-natal através da observação de várias características
físicas da criança, porém sempre confirmando a suspeita através do exame de
cariótipo.
Características fenotípicas
· olhos
com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos (semelhantes aos
orientais)
· nariz
pequeno e um pouco "achatado"
· rosto
redondo
· orelhas
pequenas
· baixa
estatura
· pescoço
curto e grosso
· flacidez
muscular
· mãos
pequenas com dedos curtos
· prega
palmar única
Tratamento
Até
o momento não há cura. A Síndrome de Down é uma anomalia das próprias células,
não existindo drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas para
curá-la.
Com
os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de
estimulação precoce que propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual,
iniciando-se com 15 dias após o nascimento.
Síndrome de Klinefelter
A
Síndrome de Klinefelter é provavelmente a variação cromossômica mais comum
encontrada em seres humanos. A cada 500 nascimentos é encontrado
um menino com a síndrome. Uma vez que a grande maioria destes casos não
serão diagnosticados, isto mostra que em muitos casos de indivíduos afetados,
eles levam vidas normais sem problemas
médicos ou sociais. Dr. Harry Klinefelter descreveu corretamente essa síndrome
em 1942. Após 1956, outros pesquisadores relataram que muitos meninos com a
mesma descrição possuíam cariótipo com 47 cromossomos em cada célula de seus
corpos em lugar do usual número de 46, sendo esta síndrome é muitas vezes
escrita como 47,XXY. Este cromossomo
sexual extra (X) causava uma mudança característica nestes meninos.
Causa
A
causa da síndrome de Klinefelter é a existência de um cromossomo X adicional
que afeta somente os homens.
Esse cromossomo adicional surge quando ocorre a não-disjunção dos cromossomos
sexuais durante a gametogênese, tanto no homem quanto na mulher.
Diagnóstico
Até
a década de 60 o único meio de confirmação da Síndrome de Kinefelter era a
biópsia testicular.
Nos
dias atuais, entretanto, esse exame perdeu sua importância e só é realizado após
esgotarem-se as possibilidades oferecidas pela citogenética.
O
exame genético da Síndrome de Klinefelter, feito atualmente, mostra que o
cariótipo de um portador geralmente é 47, XXY. Um exame simples e econômico é a
detecção do corpúsculo de BAAR (cromatina sexual). Isso torna o exame do
cariótipo do paciente necessário somente quando o estudo do cromossomo sexual
contraria o quadro clínico.
Apesar
desse novo estilo de exames ter tornado possível o diagnóstico em pacientes
pré-púberes, a maioria dos casos só são detectados em pacientes após a
puberdade quando se iniciam os primeiros sinais (ginecomastia, hipogenitalismo)
ou então em testes de fertilidade já que uma parte dos homens estéreis pode ser
portadora de Síndrome de Kinefelter.
Características
fenotípicas
· Esterilidade
· Desenvolvimento
de seios (Ginecomastia)
· Características
masculinas incompletas
· Problemas
sociais e/ou de aprendizagem
· Preferência
por jogos calmos
· São
frequentemente carentes e reservados
· Tremores
na mãos
· Frustração
causa explosão de temperamento
· Dificuldade
de concentração
· Baixo
nível de atividade
· Baixo
grau de paciência
· Dificuldade
de despertar pela manhã
· Baixa
autoestima
Tratamento
Na
ocorrência de características apontarem para o metabolismo com baixo nível de
hormônios, o tratamento com hormônios sexuais masculinos pode ser benéfico.
A
forma mais comum de tratamento envolve a administração uma vez ao mês através
de Depotestosterona injetável, uma forma sintética de testosterona. A dose
necessita ser aumentada gradualmente e ser aplicada mais freqüentemente com o
avançar da idade.
O
tratamento visa a progressão normal do desenvolvimento físico e sexual,
incluindo o crescimento de pêlos pubianos e o aumento do tamanho do pênis e
testículos, crescimento da barba, desenvolvimento da voz grave e aumento da
força muscular.
Outros
benefícios observados:
· Melhoria
do raciocínio
· Melhoria
da atenção
· Mais
energia e um alto grau de concentração
· Diminuição
do tremor nas mãos
· Melhoria
do autocontrole
· Melhoria
da atividade sexual
· Facilidade
na aprendizagem e assentamento no trabalho
· Melhoria
da auto-estima
Síndrome de Turner
A
Síndrome de Turner ocorre em mulheres que apresentam um cariótipo com 44
cromossomos autossômicos e apenas um cromossomo sexual X. Esta anormalidade é
responsável por muitos casos de abortos espontâneos, ou seja, muitos embriões
com o cariótipo da síndrome não completam a gestação, no máximo 1% dos embriões
femininos com monossomia do X se mantêm vivos. A cada 2.500 nascimentos uma
criança apresenta o fenótipo característico da síndrome de Turner.
Causa
A
Síndrome de Turner causa 18% dos abortos espontâneos cromossomicamente
anormais, sendo esta monossomia do cromossomo sexual de origem materna, o que
indica o erro meiótico como paterno. A causa dessa síndrome está em 75% dos
casos relacionada a uma falha na gametogênese (não-disjunção) que causa a
monossomia do X, que quando é detectada, está no gameta do pai.
Diagnóstico
O
diagnóstico dessa síndrome é feito após o nascimento e muitas vezes apenas na
adolescência. O conjunto de características apresentados pela portadora é que
determinará o diagnóstico da síndrome, sendo confirmado pelo exame de
cariótipo.
Características
fenotípicas
· baixa
estatura
· disgenesia
gonadal
· fácies
incomum típica
· pescoço
alado
· linha
posterior de implantação dos cabelos baixa
· tórax
largo com mamilos amplamente espaçados
· freqüência
elevada de anomalias renais e cardiovasculares
As
portadoras da Síndrome de Turner freqüentemente apresentam também, atraso na
primeira menstruação, além de déficit de percepção espacial e visual-motor,
tendo dificuldades gerais em tarefas não-verbais.
Tratamento
Aplicação
dos hormônios GH e estrogênio.
Se
o hormônio GH for administrado antes da puberdade (em torno dos 8 anos de
idade), algumas portadoras podem atingir uma estatura mais alta, embora essa
estatura varie bastante entre as portadoras. A terapia com estrogênios pode
levar ao desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos, caracteres
sexuais secundários e menstruações, não corrige a infertilidade.
O
acompanhamento psicológico também é recomendado para a pacientes que apresentam
essa síndrome.
Síndrome de Cri du Chat (Miado de Gato)
A
Síndrome do Miado de Gato foi descoberta em 1963 pelo cientista francês Dr.
Jérôme Lejeune.
É
uma anomalia cromossômica causada pela perda do braço curto do cromossomo 5.
Por isso é também chamada de Síndrome 5 p – (menos). O tamanho da
deleção varia desde todo o braço curto do cromossomo 5 até apenas um pequeno
segmento.
É
rara, pois a estimativa é de que 1 em 50.000 crianças vivas com Cri du Chat no mundo.
Causa
É
causada pela deleção (perda) do braço curto do cromossomo 5. Na maioria dos
casos (80%) é de ocorrência esporádica, um acidente biológico.
Diagnóstico
É
imprescindível a realização do cariótipo (estudo cromossômico) do paciente
suspeito. Este exame citogenético, visa detectar uma deleção (perda) no braço
curto do cromossomo 5. Se for encontrada a deleção no 5p na criança, o mesmo
exame deverá ser realizado nos pais para saber se há ou não a presença de algum
rearranjo cromossômico como, por exemplo, uma translocação equilibrada.
Esses dados são importantes para o cálculo do risco de recorrência nos futuros filhos do casal. Se o exame citogenético dos pais for normal, o risco é quase desprezível, no entanto, se um dos pais for portador dessa translocação, o risco está aumentado e a recorrência pode ser evitada com a realização do diagnóstico pré-natal.
Esses dados são importantes para o cálculo do risco de recorrência nos futuros filhos do casal. Se o exame citogenético dos pais for normal, o risco é quase desprezível, no entanto, se um dos pais for portador dessa translocação, o risco está aumentado e a recorrência pode ser evitada com a realização do diagnóstico pré-natal.
Há
dois testes que podem ser feitos antes do bebê nascer, que constatam a síndrome
de Cri du Chat. São eles:
· Aminocentese,
que pode ser feito por volta da 18º semana e que se restringe a retirada de
um pouco do fluido aminótico, e olhar o cromossomo que está na célula do
bebê. Este teste tem erro na ordem de
1:100.
· Chorionic
Villius Sampling (CVS), pode ser feito semanas antes do teste de aminocentese,
e se delimita à retirada de um pedacinho ínfimo da placenta e olhar o
cromossomo.
Características
fenotípicas
Os recém-nascidos apresentam o choro
fraco, semelhante ao miado do gato, por isso a denominação da Síndrome Cri du
Chat.
Os recém-nascidos apresentam baixo peso ao
nascimento devido a um retardo de crescimento intra-uterino;
· Microcefalia;
· Face
arredondada;
· Hipertelorismo
(aumento da distância entre os olhos);
· Prega
epicântica (presente no canto interno dos olhos);
· Estrabismo;
· Micrognatia
(desenvolvimento reduzido da mandíbula);
· Orelhas
de baixa implantação (abaixo da linha do nariz);
· Malformações
dentárias (geralmente os dentes são projetados para frente devido a alterações
no desenvolvimento crânio-facial);
· Luxação
de quadril;
· Prega
palmar transversal única;
· Podem
ocorrer problemas cardíacos e/ ou renais;
· Pé
torto congênito;
· Hipotonia
(tônus muscular diminuído), na maioria dos casos
· Apresentam
freqüentemente dificuldades na alimentação, como pouca força para sugar,
freqüente engasgo c/refluxo;
· São
bastante suscetíveis a infecções respiratórias e gastrintestinais;
· Hipodesenvolvimento
pondero-estatural (peso e estatura reduzidos);
· Déficit
cognitivo;
· Dificuldade
de concentração/atenção, agitação irritabilidade, sono agitado;
· Atraso
no desenvolvimento da aquisição da linguagem.
É
fundamental deixar claro que nem todos os portadores de Cri du Chat terão todas
essas características, elas dependerão da quantidade de estímulos motores e
cognitivos que receberem e da quantidade de perda do material genético do braço
curto do cromossomo 5.
Tratamento
É
fundamental que os portadores de Cri du Chat sejam estimulados o mais precocemente
possível, para desenvolver suas potencialidades. Através da estimulação precoce
é possível aprimorar as funções mentais como as ligadas à percepção, memória
aprendizagem, linguagem, pensamento e funções motoras, desde que devidamente
estimuladas. A anormalidade cromossômica não tem cura até o momento, assim, o
tratamento só pode ajudar as crianças a se desenvolverem o melhor
possível. A intervenção dos
fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, quando contínuas e
não tardias, é de grande necessidade e ajuda.
Dependendo onde a pessoa com síndrome mora e os recursos que possui, há
berçários especiais ou programas de intervenção em casa na maioria das regiões
(tratando-se do mundo como um todo).
Para
algumas crianças, as drogas tem sido de grande auxílio, para problemas
relacionados com o sono e para controlar seus comportamentos.
Uma
vasta gama de crianças freqüentam escolas especiais, por outro lado, outras tem
um suporte especial domiciliar.
Síndrome de Huntchinson-Gilford (Progéria)
É
uma doença genética extremamente rara que acelera o processo de envelhecimento
em cerca de sete vezes em relação à taxa normal.
A expectativa média de vida das pessoas é de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos.
Essa
doença afeta 1 entre 8 milhões de crianças e desde a sua identificação foram
relatados cerca de 100 casos.
Causa
Acredita-se
que a Progéria possa ser uma doença autossômica, recessiva ou dominante.
No caso de ser dominante, isso pode ocorrer devido a uma mutação genética nos
gametas de um dos progenitores.
Os
casos em geral são esporádicos. Duas equipes de pesquisadores franceses e
norte-americanos identificaram uma mutação no gene LMNA que codifica uma
proteína, a Lamina A. Essa mutação torna o núcleo instável. No núcleo de
células em crianças com Progéria foram detectadas alterações que levam à
instabilidade e morte celular precoce, impedindo a regeneração dos tecidos.
Também
é possível que ocorra uma perda progressiva e acelerada das extremidades dos
telômeros que controlam o número de divisões nas células, e esse fenômeno é, em
geral, evidenciado no envelhecimento progressivo patológico. No envelhecimento
progressivo normal e também no patológico, o encurtamento do telômero a cada
divisão celular atuaria como uma contagem e um sinal do número de divisões
celulares e, indiretamente, da duração da vida.
Diagnóstico
O
diagnóstico da progeria é fundamentalmente clínico e realizado nas crianças que
apresentam os sinais iniciais da doença entre o primeiro e o segundo ano de
vida. Não existe atualmente nenhum exame que certifica o
diagnóstico de progeria. Os portadores da progéria não apresentam retardo
mental.
Características fenotípicas
· Artrose
· Baixa
estatura ou nanismo
· Cabelo
rarefeito ou ausente (generalizado)
· Clavícula
ausente ou anormal
· Dificuldades
na alimentação no lactente
· Envelhecimento
prematuro
· Erupção
tardia dos dentes
· Face
estreita
· Fenótipo
emagrecido
· Hipoplasia
terminal dos dedos
· Luxação
do quadril
· Micrognatia/retrognatia
· Mobilidade
articular diminuída
· Pele
fina
· Pilosidade
corporal reduzida
· Puberdade
tardia/hipogonadismo
· Sobrancelhas
ausentes/rarefeitas
· Unhas
dos pés finas/hipoplásicas
· Unhas
finas/hipoplásicas/hiperconvexas
· Choro/voz
anormal
· Fontanela
grande
· Lábios
finos
· Lóbulo
do pavilhão auricular pequeno/hipoplásico
· Osteoporose
Síndrome do X-Frágil
É a
causa mais frequente no mundo de deficiência mental herdada de forma genética.
Ocorre em 1 em cada 4.000 meninos nascidos vivos e em 1 em cada 6.000 meninas.
Uma de cada 259 mulheres tem a pré-mutação, ou seja, não apresenta qualquer
sintoma da doença; mas pode transmitir para seus filhos. O diagnóstico
tornou-se mais preciso a partir de 1991, quando o gene FMRl foi descoberto. Com
base em estudo molecular (DNAL identifica-se o número de cópias CGG deste gene.
Esse teste pode ser prescrito por qualquer médico. É realizado através de uma
amostra de sangue encaminhada para análise em laboratórios de genética,
especializados em diagnóstico molecular.
O
exame pré-natal também é possível, sendo recomendado quando existe diagnóstico
confirmado na família e sabe-se que a gestante é portadora da pré-mutação. Pelo
fato de os sintomas da SXF serem bastante sutis, especialmente em crianças
pequenas - e devido à alta freqüência entre a população - profissionais
especializados recomendam a prova do X-Frágil para avaliar ou reavaliar casos
de atraso de desenvolvimento e retardo mental de origem desconhecida. O
desconhecimento da síndrome e o fato de seus sintomas serem similares a outros
quadros clínicos parecem contribuir para que muitos casos ainda se mantenham
com diagnósticos obscuros e imprecisos. No caso da SXF, a família pode
identificar a origem dos problemas e melhor compreende-los para buscar
tratamentos mais específicos. Além disso, o conhecimento dos padrões de
transmissão da doença auxilia na previsão das probabilidades de um descendente
herda-Ia ou não. O assessoramento e o aconselhamento genético, logo após a
confirmação da doença, são auxílios decisivos para um casal planejar seu
futuro, sabendo dos riscos de transmissão. Portanto, a confirmação da SXF- precoce
ou mesmo tardia - é sempre recomendada. Não somente para aconselhamento
genético, mas também para redirecionar terapias que tenham sido ou estão sendo desenvolvidas.
SINAIS E SINTOMAS
Os
sinais e sintomas da SXFsão numerosos. Eles variam conforme o grau de mutação
ou pré-mutação em que se encontra o gene FMR1. Portanto, um caso específico
pode apresentar poucas ou várias das características enumeradas a seguir.
As
características fenotípicas (ou de aparência) são sutis. Nem sempre são
facilmente reconhecidas, principalmente em mulheres. Pessoas com SXF podem até
ser identificadas como tendo traços fisionômicos ditos "normais".
O
reconhecimento da síndrome está associado mais freqüentemente à deficiência
mental (de grau moderado a severo), acompanhada de alguns traços faciais e
dismórficos, cuja manifestação pode evidenciar-se em fases mais tardias do
desenvolvimento.
1. Características físicas:
Recém-nascidos
não apresentam indícios de aparência física que antecipem uma suspeita precoce
da SXF. De forma semelhante a outros quadros clínicos, apresentam macrocefalia
(perímetro da cabeça maior que o normal) e hipotonia (baixo tônus muscular),
podendo esta revelar-se, por exemplo, na falta de força para sugar na mamada .
Crianças
maiores evidenciam:
- Atrasos
no desenvolvimento psicomotor, com aquisição tardia de posturas (sentar-se,
por-se em pé, andar); dificuldades na coordenação de movimentos amplos e finos,
inclusive nos requeridas pela motricidade oral para articular a fala;
-Otites
médias frequentes e recorrentes, podendo produzir alterações que dificultam a
percepção dos sons na aquisição da fala;
-Pálato
ogival ("céu da boca muito alto tI);
-Má
oclusão dentária;
-Transtornos
oculares (estrabismo, miopia);
-Alterações
em estruturas e funções cerebrais;
-Convulsões
e epilepsia;
-Outros
sintomas: alterações no aparelho osteoarticular (hiperextensibilidade dos
dedos,
especialmente
das mãos; escolioses; pés planos ou "chatos"; peito escavado);
alterações no aparelho cardiovascular (prolapso da válvula mitral; leve
dilatação da aorta ascendente); pele fina e suave nas mãos.
Jovens e adultos podem apresentar:
-Rosto
alongado e estreito com leve projeção da mandíbula para a frente;
-Orelhas
proeminentes ou de tamanho maior que o normal, com implantação mais baixa;
-Macroorquidismo
(aumento do tamanho dos testículos por transtornos endocrinológicos) após a puberdade.
As
três últimas características assinaladas são as manifestações físicas mais
marcantes da síndrome a partir da adolescência, principalmente em homens.
2. Características emocionais e comportamentais:
Alterações
na conduta, mesmo sendo inespecíficas da SXF, podem tornar-se importantes
suspeitas para identificar seus primeiros sinais.
Elas
requerem, contudo, uma observação e interpretação cuidadosas. Por exemplo, um
indivíduo com SXFpode alterar seu comportamento num ambiente que mobilize a sua
hipersensibilidade a estímulos visuais, ruídos, odores e a estímulos táteis,
incluindo textura de alimentos.
São freqüentes manifestações como:
-Hiperatividade
e pouca capacidade de atenção;
-Movimentos
estereotipados, principalmente nas mãos, com ações repetitivas de mexer em determinados
objetos, bater, morder as próprias mãos, etc;
-Condutas
do tipo autista, porém mais "intencionais" na comunicação com o ambiente
e que, geralmente, desaparecem com o crescimento. Comportamentos
perseverativos, com fixação em determinados objetos ou assuntos;
-Ansiedade
social e resistência a mudanças no ambiente, podendo ocorrer crises de pânico;
-Traços
de excessiva timidez e inibição social;
-Contato
ocular escasso;
-Humor
instável. Pessoas com X-Frágil podem ser alegres e sorridentes e ter
dificuldades para controlar condutas explosivas, às vezes acompanhadas de
agressividade verbal ou física (principalmente em homens adolescentes e jovens
adultos).
Tais
reações são freqüentemente precipitadas por excesso de estímulos no ambiente ou
por exigências acima de suas capacidades.
Estudos
têm revelado que as mulheres levemente afetadas - principalmente se forem mães
de filhos também afetados - tendem a sofrer de instabilidade de humor,
ansiedade e depressão, com dificuldades nas relações interpessoais.
3. Características cognitivas (área
intelectual):
O
comprometimento mental, seja em grau maior ou menor de retardo, pode mostrar-se
desarmônico e não uniforme.
Na área da linguagem (articulação da
fala e linguagem como expressão de pensamento) ocorrem:
-Dificuldades
de comunicação e atrasos no aparecimento das primeiras palavras;
-Alterações
na programação e execução do ato motor da fala (dispraxias verbais), assim como
na percepção e articulação de sons;
-Alterações
de ritmo e velocidade ( fala rápida e confusa);
-Fala
repetitiva e incoerente, com dificuldades para manter diálogo e fixar-se em
assuntos da conversação, embora o uso de
vocabulário relativamente desenvolvido seja observado.
Na área de processos e habilidades
mentais, indivíduos afetados pela SXF podem manifestar:
-Relativa
facilidade em captar informações visuais do ambiente, percebendo-as de forma
simultânea e "fortuita", mas com tendência a manter-se no nível
globlizado (ou indiferenciado) de percepção;
-Freqüentemente,
fixam-se em detalhes visuais irrelevantes e dissociados de um todo com
significado;
-Melhor
habilidade para aprender por imitação visual, chegando a resolver problemas
práticos e concretos;
-Dificuldades
significativas em: reter informações, principalmente as que dependem de
processamento auditivo, sequencial e analítico ou de assimilar noções abstratas
(como as requeridas pela leitura, escrita, perceber, relacionar e fixar sequencias
na estrutura de sons e letras com significado); resolver situações-problemas mais abstratas e
complexas; generalizar e aplicar informações em situações novas.
Há,
portanto, diversas características da SXF que se assemelham aos sintomas de
outros quadros clínicos de atrasos e transtornos de desenvolvimento.
As etapas do
aconselhamento genético são:
_
Levantamento de histórico pessoal e familiar, avaliação dos exames clínicos e
genéticos já realizados e indicação de outros exames, se necessário;
_ Análise dos dados, visando diagnosticar,
confirmar ou excluir uma condição genética conhecida;
_
Fornecimento de informações acerca da natureza da doença genética identificada
e de suas implicações para a saúde física ou mental do individuo;
_
Esclarecimento sobre o mecanismo de herança e cálculo de risco de ocorrência ou
recorrência em irmãos ou filhos de um indivíduo;
_
Identificação de familiares assintomáticos - que não apresentam sintomas mas
são portadores de alteração genética - e dos riscos desses familiares
desenvolverem a doença ou transmiti-Ia para seus filhos;
_
Orientação pré-natal para casais ou gestantes com risco de ocorrência ou
recorrência de doenças genéticas em seus descendentes.
Nos
casos com diagnóstico definido clinicamente e mecanismo de herança conhecido, é
oferecido o aconselhamento genético para as famílias, com explicação dos riscos
genéticos.
No
caso de afecções em que existe a influência de fatores genéticos, mas cujos
mecanismos de herança não são conhecidos, a informação sobre riscos de
recorrência é baseada em estimativas empíricas (riscos estimados pela
observação direta de famílias com a mesma doença).
Referências:
Síndromes genéticas – perguntas
frequentes
http://www.cp.ufmg.br/cpantigo/Nucleos/Ci%EAncias/index_arquivos/frame.htm
Desenvolvimento cognitivo da
Poratadores de Síndrome de Turner – Revisão
Anormalidades
humanas causadas por alteração cromossômica estrutural
http://www.ufv.br/dbg/trab2002/DHC/DHC004.htm
http://genoma .ib.
usp.br / aconselha mento/informacoes. php
http://www.scielosp.org
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