quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Atuação do Psicólogo hospitalar




O psicólogo hospitalar atua em atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria. (CASTRO, 2004).
Segundo Chiattone (2000, apud, Castro 2004), diz que a Psicologia Hospitalar é apenas uma estratégia de atuação em Psicologia da Saúde, e que, portanto, deveria ser denominada “Psicologia no contexto hospitalar”.  Rodríguez-Marín (2003, apud, Castro, 2004) esclarece que a Psicologia Hospitalar é, então, o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital. (CASTRO, 2004).
Para Alfredo Simonetti (2004) psicologia hospitalar é campo de atendimento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento que se dá quando o sujeito, carregado de subjetividade, esbarra em um "real", de natureza patológica, denominado doença, produzindo em seu corpo uma infinidade de aspectos psicológicos tanto no paciente, como na família ou na equipe de profissionais. (SIMONETTI, 2004)
Os aspectos psicológicos, não as "causas psicológicas", são o objeto da psicologia hospitalar, que não trata apenas das doenças como causas psíquicas, denominadas psicossomáticas. Toda e qualquer doença apresenta aspectos psicológicos, repleta de subjetividade, podendo se beneficiar da psicologia hospitalar. (SIMONETTI, 2004).
Já para Belkiss Romano (1999)  o psicólogo hospitalar é aquele que exerce seu olhar como um clínico, no sentido mais estrito da palavra, "a beira do leito", diretamente voltado para ao doente, beneficiando o paciente na sua nova identidade corporal,  neste sentido, todos serão psicólogos hospitalares, desde que o paciente esteja vinculado àquela instituição. Qualquer oura forma de inserção, será do psicólogo em hospital. (ROMANO, 1999).

       Formas de Intervenção

A tarefa do psicólogo hospitalar é ajudar o paciente e sua família a passar, com  o mínimo sofrimento possível, por aquela situação de adoecimento que  ele está enfrentado.
Seu foco são os aspectos psicológicos em torno da doença, que estão encarnados na pessoa do paciente, na sua família e na equipe multidisciplinar. Além de se ocupar individualmente dessas pessoas, a psicologia hospitalar, vai tratar das relações entre elas, fazendo uma verdadeira psicologia de ligação, facilitando, assim, os relacionamentos entre paciente, família e equipe.(SIMONETTI, 2004).
Conforme o mesmo autor, a princípio, é necessário fazer um diagnóstico. Diagnosticar é o instante de ver, seguido pelo tempo de entender, que leva a intervir, não necessariamente nessa ordem, mas necessariamente interligados. Os diagnósticos facilitam o tratamento de modo que se bem feitos a melhor estratégia se evidencia, na mente do psicólogo bem treinado.
A psicologia hospitalar não diagnostica "a doença", mas a forma subjetiva como  o paciente se relaciona com ela.
O diagnóstico é uma hipótese, não uma verdade, é uma teoria de trabalho que permite uma intervenção guiada que pode gerar uma mudança esperada, se isso ocorrer, então, ela é uma ótima hipótese. (NÓBREGA, 1996).
O diagnóstico é a maneira de organizar todo material que o paciente apresentar ao psicólogo: queixas, relatos, problemas, sintomas, projetos, desesperanças, dores físicas e psíquicas.
Cabe ao psicólogo hospitalar fazer entrevistas com paciente,  escuta apurada (associação livre),  reforçar a importância da adesão ao tratamento, bem como,  colaboração com a equipe.

Ao falar o paciente expõe seus temores e expectativas com relação a doença e a hospitalização. Neste momento é possível dar explicações, neutralizar sentimentos negativos e dar acolhimento.





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