O psicólogo
hospitalar atua em atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos;
grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva;
pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto
hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e
interconsultoria. (CASTRO, 2004).
Segundo
Chiattone (2000, apud, Castro 2004), diz que a Psicologia Hospitalar é apenas
uma estratégia de atuação em Psicologia da Saúde, e que, portanto, deveria ser
denominada “Psicologia no contexto hospitalar”.
Rodríguez-Marín (2003, apud, Castro, 2004) esclarece que a Psicologia
Hospitalar é, então, o conjunto de contribuições científicas, educativas e
profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar
melhor assistência aos pacientes no hospital. (CASTRO, 2004).
Para
Alfredo Simonetti (2004) psicologia hospitalar é campo de atendimento dos
aspectos psicológicos em torno do adoecimento que se dá quando o sujeito,
carregado de subjetividade, esbarra em um "real", de natureza
patológica, denominado doença, produzindo em seu corpo uma infinidade de
aspectos psicológicos tanto no paciente, como na família ou na equipe de
profissionais. (SIMONETTI, 2004)
Os aspectos psicológicos, não as "causas
psicológicas", são o objeto da psicologia hospitalar, que não trata apenas
das doenças como causas psíquicas, denominadas psicossomáticas. Toda e qualquer
doença apresenta aspectos psicológicos, repleta de subjetividade, podendo se
beneficiar da psicologia hospitalar. (SIMONETTI, 2004).
Já para
Belkiss Romano (1999) o psicólogo
hospitalar é aquele que exerce seu olhar como um clínico, no sentido mais
estrito da palavra, "a beira do leito", diretamente voltado para ao
doente, beneficiando o paciente na sua nova identidade corporal, neste sentido, todos serão psicólogos
hospitalares, desde que o paciente esteja vinculado àquela instituição.
Qualquer oura forma de inserção, será do psicólogo em hospital. (ROMANO, 1999).
Formas de Intervenção
A
tarefa do psicólogo hospitalar é ajudar o paciente e sua família a passar, com o mínimo sofrimento possível, por aquela
situação de adoecimento que ele está
enfrentado.
Seu foco são os aspectos psicológicos em torno
da doença, que estão encarnados na pessoa do paciente, na sua família e na
equipe multidisciplinar. Além de se ocupar individualmente dessas pessoas, a
psicologia hospitalar, vai tratar das relações entre elas, fazendo uma
verdadeira psicologia de ligação, facilitando, assim, os relacionamentos entre
paciente, família e equipe.(SIMONETTI, 2004).
Conforme o mesmo autor, a princípio, é
necessário fazer um diagnóstico. Diagnosticar é o instante de ver, seguido pelo
tempo de entender, que leva a intervir, não necessariamente nessa ordem, mas
necessariamente interligados. Os diagnósticos facilitam o tratamento de modo
que se bem feitos a melhor estratégia se evidencia, na mente do psicólogo bem
treinado.
A psicologia hospitalar não diagnostica
"a doença", mas a forma subjetiva como o paciente se relaciona com ela.
O diagnóstico é uma hipótese, não uma verdade,
é uma teoria de trabalho que permite uma intervenção guiada que pode gerar uma
mudança esperada, se isso ocorrer, então, ela é uma ótima hipótese. (NÓBREGA,
1996).
O diagnóstico é a maneira de organizar todo
material que o paciente apresentar ao psicólogo: queixas, relatos, problemas,
sintomas, projetos, desesperanças, dores físicas e psíquicas.
Cabe ao psicólogo hospitalar fazer entrevistas
com paciente, escuta apurada (associação
livre), reforçar a importância da adesão
ao tratamento, bem como, colaboração com
a equipe.
Ao falar o paciente
expõe seus temores e expectativas com relação a doença e a hospitalização. Neste
momento é possível dar explicações, neutralizar sentimentos negativos e dar
acolhimento.
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