quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Histórico da Instituição hospitalar e Psicologia Hospitalar no brasil


  Histórico da Instituição hospitalar e Psicologia Hospitalar no brasil


A palavra hospital é de origem latina, hospitalis, e significa "hospedar". Esse locais eram casas  de assistência que recebiam peregrinos, pobres, enfermos. (MS, 1965). A partir do séc. IV e toda a Idade Média os cuidados dos enfermos ficaram a cargos das igrejas em seus monastérios. Foram eles que serviram de modelo para os hospitais modernos.
Durante séculos a atenção psicológica aos enfermos confundiu-se som atenção religiosa. O acompanhamento em clínicas e hospitais era realizado por freiras. (MS,1965)
De acordo com Foucalt (1999), o surgimento do hospital foi uma inovação social. O hospital, como instrumento terapêutico, surgiu no final do século XVIII. Até então o hospital era apenas uma instituição de assistência aos pobres, que deveria recolhê-los, evitar que suas doenças contagiassem os outros. Sua função,  era assistir o pobre moribundo — um morredouro —, como era chamado à época. No hospital, por ser  dirigido por religiosos,  seus trabalhadores atuavam com fins caritativos, em busca da salvação de suas almas através do auxílio ao próximo. Os médicos, por sua vez, mantinham uma relação individual com o doente, sem passar pelo espaço hospitalar (FOUCAULT, 1999).
Segundo Tatiana Silva "a transformação do hospital se dá pela necessidade de se organizar a desordem que imperava  na época [...] além de outras razões de ordem econômica e do receio da propagação de epidemias." (SILVA, 2003)
De acordo com a autora supra citada a é função do hospital não é apenas  atender aos pobres que estão morrendo, nem tampouco curar os doentes. Já se fala que essa missão evoluiu  para a prevenção e manutenção da saúde.


 Psicologia Hospitalar no Brasil
De acorodo com Marcon (2004) a prática do psicólogo brasileiro está consolidada na esfera privada. Não é comum que este profissional atue fora de seu consultório. Entretanto a partir da década de 80, a área da saúde pública passou a constituir-se em mais uma possibilidade de absorção profissional. [...] a inserção do psicólogo em hospitais deu-se, a partir da década de 60, na rede  pública de hospitais, sendo o  enfoque clínico o modelo priorizado. [...] até o final da década de 80 as instituições psiquiátricas ainda eram os locais privilegiados de inserção do psicólogo. (MARCON, 2004)
Segundo Maia (2004) por volta da década de 70 iniciam-se demandas por trabalhos psicológicos sob uma nova perspectiva, que abrange uma clientela diferenciada, um local distinto, e que tem como conseqüência principal a necessidade de se considerar o contexto no qual os sujeitos-alvo dos cuidados psicológicos estão inseridos, havendo uma mudança na visão intrapessoal existente, para a percepção da experiência vivida em função da inserção social do sujeito - a contextualização do fenômeno clínico. (MAIA,2004)
A psicologia hospitalar tem construído sua história, passo a passo, médicos e enfermeiros observam que diversos usuários acabam voltando ao hospital novamente “doentes”, solicitando atendimento e cuidados . (FOSSI, 2004)
Maia (2004) aponta para a importância da interdisciplinaridade para o trabalho do psicólogo dentro das instituições hospitalares.  As influências que incidiram diretamente na perspectiva de inserção do psicólogo no campo da saúde (para além do modelo biomédico), estavam em consonância com as paradigmas de saúde que se iniciavam e tiveram como marco a famosa conferência de Alma Ata (OMS, 1978). (MAIA 2004)
No entanto, apenas com as Ações Integradas de Saúde (AIS) , tornou-se facultativo ao psicólogo a entrada no sistema de saúde pública e, conseqüentemente, nos hospitais não psiquiátricos [...] a própria legislação e os programas oficiais de saúde passam a possibilitar  a presença e atuação autônoma do psicólogo nas equipes de saúde. (MAIA, 2004)
Ainda segundo Maia (2004), o  hospital configurou-se, como um novo local de atuação para o psicólogo que, apesar de ver seu campo de trabalho ampliado, não dispunha de nenhum arcabouço teórico-prático que fundamentasse seu trabalho, além da transposição do tradicional referencial clínico do consultório [...] aqueles que iniciaram a psicologia da saúde-hospitalar levantaram questões relacionadas à nova especialidade que surgia e que tinham em seu bojo a formação profissional. (MAIA, 2004)
Para Fossi 2004 a integração da equipe de saúde é imprescindível para que o atendimento e o cuidado alcance a amplitude do ser humano, considerando as diversas necessidades do paciente e assim, transcendendo a noção de conceito de saúde, de que a ausência de enfermidade significa ser saudável. (FOSSI, 2004)
 Dessa forma, o trabalho em equipe mostra-se fundamental para o atendimento hospitalar, integrando médicos, enfermeiros, psicólogos e o outros,  para que a pessoa seja tomada como um todo, para que ela possa ter um atendimento humanizado, contemplando assim, outras necessidades dos usuários. A contribuição da psicologia hospitalar não se limita ao usuário ou à instituição, mas a especificidades que auxiliam todo o trabalho da equipe médica. A experiência da multidisciplinariedade proporcionou a continuidade da construção da identidade do psicólogo, enquanto um profissional do campo da saúde. (FOSSI, 2004)










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