terça-feira, 11 de dezembro de 2012

LOUCURA


Ao longo dos séculos os conceitos de “Loucura” foram mudando:

“O conceito mentalista de loucura é definido como lesão do intelecto e/ou da vontade, não considera alterações funcionais no encéfalo. Postura que trata a loucura como condição passível de correções, uma possibilidade humana de qualquer ser racional.

             No tratado de Pinel a loucura não é  a desrazão que desumaniza, é, apenas, um desequilíbrio na razão ou nos afetos, resgatando assim a identidade humana do alienado e marcando o fim de sua exclusão. (Pinel, Séc. XVIII)



            “O conceito de loucura varia da antiguidade até o presente. A loucura é a perda da autonomia psicológica, implicando em perda da autonomia de liberdade e de auto-governo, seja porque a razão se perde ou se perverte, seja porque a força do apetite atropela o controle racional do comportamento.” (Isaías Pessótti, Séc. XX)


            “Aquele que não ingressa na ordem da cultura, reduzindo-se até a condição de identidade com ela mesma, será aquilo que chamaremos de psicótico. Por outro lado, a questão da loucura se mede pelo atrativo mesmo das identificações nas quais o homem engaja ao mesmo tempo sua verdade e seu ser. Longe, portanto, de ser a loucura a expressão das precariedades do organismo humano, do seu corpo, ela é a virtualidade permanente de uma falha aberta em sua essência. E o ser do homem não somente pode ser compreendido sem a loucura, mas ele não seria o ser do homem se não levasse em si a loucura como limite de sua liberdade.” (João Fereira da Silva Fº, Séc. XXI)

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